Doar sangue é uma tarefa simples e generosa para quem realiza espontaneamente esse gesto, entretanto, para outros, pode ser motivo de apreensão. Porém a realidade é que os bancos de sangue precisam ser abastecidos com frequência e, por isso, pensar nas necessidades dos outros pode deixar esse momento mais reconfortante.
O Banco de Sangue da Santa Casa de Misericórdia Cachoeiro trabalha diversas campanhas ao longo do ano, mostrando a importância da doação.
Atualmente, todos os tipos sanguíneos negativos estão praticamente zerados no hospital, alguns deles possuem apenas uma ou duas bolsas.
De acordo com a enfermeira supervisora do Banco de Sangue, Cintia Pimenta, o medo é um dos principais motivos para o não comparecimento.
Para tirar algumas dúvidas que muitas vezes impedem a doação, reunimos neste artigo, dez dicas que todo possível doador precisa saber.
1- Para ser um doador é preciso ter entre 16 e 69 anos
Adolescentes com 16 e 17 anos também podem doar, entretanto, precisam ter autorização e estar acompanhados dos responsáveis.
2- É imprescindível a apresentação de um documento com foto
Sem documentação não é possível realizar o cadastro e consequentemente a doação.
3- Você não pode estar de jejum
O doador precisa estar alimentado, entretanto, é orientado que a pessoa espere cerca de duas horas após o almoço, por ser uma refeição mais gordurosa.
4- Após o cadastro você passará por uma triagem
Serão feitos algumas medições como peso, altura, temperatura, pulsação e pressão arterial para determinar se você está em boas condições gerais de saúde. Também é feito um exame rápido para verificação de anemia. Caso o resultado dê positivo, a doação não será realizada.
5- Você passará por uma entrevista com perguntas um pouco íntimas
Se tudo estiver certo após o exame anterior, você terá que responder algumas perguntas e passará por uma entrevista confidencial sobre seus hábitos em relação ao uso de medicamentos, drogas e comportamento sexual. Alguns medicamentos, tatuagem recente, entre outros, impedem a doação por um período temporário ou até mesmo definitivo. É importante ressaltar que a honestidade é primordial neste momento, afinal, outras pessoas receberão o seu sangue.
6- Não vai doer tanto assim
Há quem diga que não dói ou que dói e muito. A verdade é que a dor é relativa, cada um sente com intensidade diferente, mas nada que não seja suportável, mesmo assim, o incômodo da agulha pode ser considerado mais uma ardência do que dor.
7- Mesmo após a doação seu sangue pode não ser utilizado
Mesmo que você esteja com a saúde em dia, o exame de anemia tenha dado negativo e as respostas do questionário aprovem a doação, seu sangue pode ser descartado. Isso acontece porque após a coleta é realizado um exame mais minucioso para detectar doenças como a Hepatite B e C, Sífilis, Chagas e AIDS, por exemplo. Se alguma delas for diagnosticada, a vigilância epidemiológica será informada e a pessoa encaminhada para acompanhamento.
8- A alimentação depois da doação também deve ser melhor
É importante que a alimentação durante o restante do dia seja saudável, fazendo o consumo de frutas, verduras e líquidos, afinal, o corpo precisa repor o sangue que foi retirado.
9- Não faça exercícios físicos ou atividades pesadas
Apesar de não representar um risco para a saúde, após a doação a pessoa pode voltar ao trabalho ou suas atividades diárias, entretanto, é necessário prudência e que a pessoa não faça atividades pesadas. Isso porque o exercício físico pode causar dor e hematoma no local.
10- Tenha cautela na primeira doação
Se você nunca doou, preste atenção se seu corpo apresentará algum incômodo. O organismo pode sentir a diferença por causa do volume retirado. Outra coisa, se uma pessoa passou mal na primeira doação, isso não significa que acontecerá novamente.
A enfermeira Cintia alerta que se a pessoa apresentar algum mal-estar até uma semana após a doação é necessário avisar o banco de sangue.
“Se após a doação, até sete dias, o doador tiver, febre, diarreia ou qualquer enfermidade infecciosa, deve-se comunicar imediatamente ao Banco de Sangue para avaliar se o sangue pode trazer algum risco ao paciente”.
E lembre-se: Você tem o direito de desistir da doação caso não se sinta seguro e não deve doar se considerar que seu sangue pode causar algum problema para quem for recebê-lo.