A Santa Casa Cachoeiro realizou na segunda-feira , 23/09, um Momento de Oração Ecumênico pela doação e transplantes de órgãos, em comemoração ao Dia Nacional do Doador de Órgãos (27).
Organizado pela Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes – CIHDOTT, o evento reuniu familiares de doadores, transplantados, pessoas que aguardam por transplantes e defensores da causa, com a condução e reflexão bíblica de Mons. Romulo Zagotto e do Pastor José Alves, além de depoimentos de transplantados.
A CIHDOTT da Santa Casa é referência no Estado com o desenvolvimento de ações de incentivo a captação de órgãos. O evento aconteceu no auditório do hospital.
Entenda – Doar não é um Tabu
Para se tornar um doador de órgãos no Brasil é necessário deixar nada por escrito, basta manifestar aos familiares o desejo de doar, porém o tema ainda é polêmico. Abaixo apresentamos alguns mitos sobre a doação de órgãos.
MITO: Se depois de um acidente de carro eu chegar em um hospital e os médicos descobrirem que sou doador de órgãos, eles vão relaxar o tratamento para assegurar que os meus órgãos sejam utilizados para transplante.
Não existe nenhum conflito de interesse entre os atos de cuidar de um paciente grave, mas com quadro reversível e o de cuidar de um potencial doador de órgãos. Se fosse assim, praticamente não existiria falta de doador de órgãos.
MITO: Sou muito velho para ser doador de órgãos.
Em princípio não existe restrição de idade cronológica para o aproveitamento de órgãos para transplante. O que importa é o estado fisiológico do mesmo.
MITO: Não sou doador porque a minha religião não permite.
Todas as religiões são favoráveis à doação de órgãos como um ato de amor ao próximo e de caridade.
MITO: Se eu doar os meus órgãos eles serão comercializados para favorecer aqueles que têm mais dinheiro.
O comércio de órgãos de doador não vivo é inviável na prática por uma série de razões, incluindo compatibilidade biológica, tempo de preservação dos órgãos, número de profissionais envolvidos em um transplante, etc.. Não existe nenhum caso confirmado de comercialização de órgãos de doador não vivo no Brasil.
O comércio de órgãos de doador não vivo é inviável na prática por uma série de razões, incluindo compatibilidade biológica, tempo de preservação dos órgãos, número de profissionais envolvidos em um transplante, etc.. Não existe nenhum caso confirmado de comercialização de órgãos de doador não vivo no Brasil.
MITO: A doação de órgãos é um ato emocionalmente muito doloroso para um momento de perda.
As famílias que tem adotado o gesto de doar os órgãos de um ente querido que morreu repentinamente sentem-se mais reconfortadas em saber que parte dele ou dela permanece fluindo entre nós, permitindo que outras pessoas continuem vivendo. Em verdade são sentimentos sobre os quais pouco temos o que falar sem experimentar.