Um gesto de amor em um momento difícil. Assim foi a decisão da família de um homem identificado como Altair Lima Martins, que morreu nesta terça-feira (02) após cair de uma escada. Após o acidente, os parentes autorizaram a doação de órgãos.
A captação foi feita na Santa Casa de Misericórdia Cachoeiro por profissionais do Espírito Santo e Rio de Janeiro. Ao todo, foram doados o fígado, rins e as córneas. O fígado será transplantado em um paciente do Rio de Janeiro e os demais ficam no Estado.
De acordo com o irmão da vítima, Justino Antônio Lima Martins, o gesto apesar de difícil foi tomado, principalmente, porque Altair sempre foi uma boa pessoa e gostava muito de ajudar o próximo. Em vida, já tinha manifestado a sua vontade de ser um doador de órgãos.
“Esse momento é muito triste e a dor é grande demais, mas a carga fica mais leve ao saber que ele ajudará outras pessoas a continuarem vivendo”.
Justino também agradeceu ao atendimento que tem recebido no hospital.
“Quero deixar bem claro em nome da nossa família que o atendimento aqui na Santa Casa está sendo excelente, não temos nada que reclamar desde o primeiro dia toda a equipe nos atendeu muito bem".
A enfermeira e coordenadora da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) da Santa Casa de Misericórdia Cachoeiro, Beatriz Rivieri Colodette, explica que o processo de captação pode ser demorado, o que muitas vezes faz com que a família desista da doação. No entanto, ela lembra que é importante cumprir todo o protocolo para que outras pessoas possam ser beneficiadas pelos órgãos doados.
Beatriz ainda ressalta que somente a família pode autorizar a doação, por isso, eles precisam saber da vontade do doador.
“Ao contrário do que muitos pensam, a vontade de doar não fica escrita em documentos, como carteira de motorista. Na verdade, quem quer ser um doador deve deixar o desejo explícito para sua família”.