Popularmente conhecida como pressão alta, a hipertensão arterial é uma doença que não provoca sintomas e, por isso pode facilmente passar despercebida, sem diagnóstico ou tratamento. O sangue ao circular pelas artérias pressiona as paredes arteriais. A força exercida pelo sangue contra essas paredes é chamada pressão arterial.
Portanto, o aumento dessa pressão sobre as artérias é definida como Hipertensão Arterial. No entanto, mesmo que o individuo não sinta nada, a pressão alta pode ser muito perigosa para a saúde. Segundo dados da DATASUS, no ano de 2016 (último ano disponível), ela foi responsável pelo óbito de 49.640 brasileiros. Não diagnosticada traz complicações como transtornos da visão, doenças do coração, acidentes vasculares cerebrais e até problemas nos rins.
É uma doença que não tem cura, mas fechando o diagnostico, existe o tratamento e pode ser controlada. Parte desse tratamento se designa por mudanças de hábitos alimentares. Sendo a primeira orientação é o controle do sal ingerido, substituindo assim o sal refinado por temperos naturais, tais como: orégano, louro, manjericão, cominho, açafrão, colorau, páprica, cominho, alecrim, curry, noz moscada, salsa, cebolinha, cebola e alho.
Além dessas substituições é muito importante retirar da rotina alimentar, os alimentos ricos em sódio, encontrado em embutidos, enlatados, conservas, defumados, queijos amarelos, produtos industrializados (a exemplo de molhos, sopas, macarrão instantâneo, temperos em pó e em tabletes), bebidas isotônicas, salgadinhos industriais, molhos prontos (catchup, shoyo, mostarda, inglês). Uma boa dica é sempre olhar o rotulo da embalagem para verificar a quantidade de sódio presente naquele determinado alimento.
Vale salientar que a OMS (Organização Mundial de Saúde) recomenta para a população, a redução na ingestão de sódio com o objetivo de reduzir a pressão arterial e o risco de doenças cardiovasculares. A recomendação é a ingestão de até 2gramas de sódio por dia (representado por 5 gramas de sal ao dia) para os adultos.
Outra informação bem relevante é o aumento da ingestão de alimentos ricos em cálcio (leite e derivados); potássio (banana); magnésio (legumes, nozes); vitamina A (fígado, cenoura); vitamina E (azeite, cereais, verduras, oleaginosas) e vitamina C (frutas e verduras). E a exclusão do consumo de bebidas alcoólicas.
Lembrando que a prescrição dietética deve ser individualizada e respeitando sempre os hábitos alimentares, estilo de vida e condição socioeconômica. A participação de uma equipe multiprofissional é fundamental para a adesão ao tratamento.