A hipertensão, mais conhecida como pressão alta, é uma doença que pode atingir crianças, adultos e idosos. A condição está relacionada à força que o sangue exerce sobre as paredes das artérias para conseguir circular por todo o corpo. Quando ocorre o estreitamento dessas artérias, há a necessidade de o coração bombear com mais força, impulsionando o sangue para recebê-lo de volta. Entretanto, como consequência, a hipertensão dilata o coração e danifica as artérias.
O cirurgião cardíaco Alessandro Gonçalves Altoé, que atua no Santa Casa Especialidades, explica que o diagnóstico de pressão alta é considerado quando o paciente tem níveis acima do normal, ou seja, diferente de 12/8 (120 por 80 milímetros de mercúrio). ”Tudo que está acima disso é considerado anormal. Esse anormal não significa níveis de pressão anormais ou que o paciente seja hipertenso, pois ele pode ter oscilações de pressão e não ser hipertenso. Existem várias causas que podem provocar essa oscilação”.
CAUSAS E FATORES DE RISCO
“O que se deve saber é o que está provocando o aumento de pressão, se é esporádico. Porque o aumento da pressão é influenciado por fatores emocionais e até mesmo alterações hormonais, além de estresse e ansiedade, incluindo o próprio enrijecimento dos vasos sanguíneos à medida que a pessoa vai envelhecendo”, destaca o médico.
Alessandro comenta que para cada aumento de pressão há um tratamento específico. “Não é qualquer medicamento que vai ajudar. Precisa-se saber qual a causa da hipertensão para tratar da forma adequada”.
A hipertensão é considerada um fator de risco maior para a insuficiência coronariana (que pode levar ao infarto e ao AVC), junto do tabagismo, diabetes, histórico familiar e dislipidemia (colesterol alto).
PREVENÇÃO
É possível prevenir a hipertensão de várias maneiras. Porém, o histórico familiar, que pode carregar uma herança genética, com pacientes que têm os pais, tios e avós hipertensos, não deve ser ignorado. Essa pessoa terá uma tendência maior a também ser hipertensa.
“O estilo de vida influencia muito. As pessoas que têm uma dieta equilibrada, com menos sal e prática de atividades físicas regulares, vivem com menores chances de desenvolverem hipertensão. E mesmo que elas tenham essa tendência, os riscos são diminuídos por terem uma vida saudável”, alerta o especialista em cardiologia.
SAL E HIPERTENSÃO: POR QUE ANDAM JUNTOS?
O paciente hipertenso, isto é, aquela pessoa que tem uma tendência a ter pressão alta, deve restringir o consumo de sal, porque o sal – à medida que é ingerido em quantidades maiores – vai para a corrente sanguínea. E junto do sal, a água também é absorvida.
Por isso, acontece uma sobrecarga hídrica maior no sistema cardiovascular e a pressão aumenta. O ideal é ingerir sal moderadamente, e os pacientes hipertensos em quantidades ainda menores.