Doação de Orgãos

Doação de Orgãos

Neste espaço você encontra informações e esclarece suas dúvidas sobre a doação de órgãos na Santa Casa.

Como devo expressar o desejo de doar meus órgãos?

Comunique à sua família esta decisão e deixe claro o seu desejo em ser doador. Isto porque a família é que decide sobre a doação.

Como é a Lei de Transplantes?

A legislação em vigor determina que a família será a responsável pela decisão final, não tendo mais valor a informação de doador ou não doador de órgãos, registrada no documento de identidade.

Doador Vivo

A pessoa maior de idade e capaz juridicamente pode doar órgãos aos seus familiares. No caso de doador vivo não aparentado é exigida autorização judicial prévia.

Sistema Nacional de Transplante

Criado para dar maior controle e organização às atividades, o transplante de órgãos/tecidos só pode ser realizado pelos estabelecimentos de saúde previamente autorizados pelo Gestor Nacional do Ministério da Saúde.

Cadastros Técnicos

Foi instituída a Lista Única de Receptores, com vários cadastros separados por órgãos, tipos sanguíneos e outras especificações.

Estes apresentam uma ordem seguida com total rigor e controlada pela Secretaria de Saúde.

Quais órgãos/tecidos podem ser obtidos de um doador vivo?

Um dos rins, parte do fígado, parte da medula e parte dos pulmões.

Quem pode doar em vida?

O médico deverá avaliar a história clínica da pessoa e as doenças prévias. A compatibilidade sanguínea é primordial em todos os casos.
Há também testes especiais para selecionar o doador que apresenta maior chance de sucesso.

Quais os órgãos/tecidos que podem ser obtidos de um doador não vivo?

Órgãos: rins, coração, pulmão, pâncreas, fígado e intestino.
Tecidos: córneas, válvulas, ossos, músculos, tendões, pele, veias e artérias.

Quem recebe os órgãos/tecidos doados?

Após a efetivação da doação a Central de Transplantes do Estado é comunicada e, através do seu registro de listas de espera, seleciona seus receptores mais compatíveis.

Quem é o potencial doador não vivo?

São pacientes assistidos em UTI com quadro de morte encefálica, ou seja, morte das células do Sistema Nervoso Central, que determina a interrupção da irrigação sanguínea ao cérebro, é incompatível com a vida, irreversível e definitivo.

Após a doação o corpo fica deformado?

Não, de modo algum. A retirada dos órgãos é uma cirurgia como qualquer outra realizada com todos os cuidados de reconstituição, o que também é obrigatório por lei.

Morte Encefálica

O que é morte encefálica?

É a morte do cérebro, incluindo tronco cerebral que desempenha funções vitais como controle da respiração. Quando isso ocorre, a parada cardíaca é inevitável.

Embora ainda haja batimentos cardíacos, a pessoa com morte cerebral não pode respirar sem os aparelhos e o coração não baterá por mais de algumas poucas horas.

Por isso, a morte encefálica já caracteriza a morte do indivíduo.

Morte encefálica é o mesmo de coma?

Não, a morte encefálica é diferente do coma. No coma, as células cerebrais continuam vivas, executando suas funções; o que ocorre é uma falha de integração entre o indivíduo e tudo que o rodeia. Na morte encefálica, as células nervosas estão sendo rapidamente destruídas, o que é irreversível.

 

Protocolo de Doação

Rotinas e condutas que devem ser tomadas sobre pacientes com suspeitas de morte encefálica e potencial doador de órgãos:

Ao identificar um paciente com suspeita de morte encefálica, a equipe deve avaliar os pré-requisitos conforme a legislação e sempre informar os familiares sobre todas as etapas do processo.

Após a realização do primeiro exame clínico para o protocolo de Morte Encefálica, realizado pelo médico especialista e/ou capacitado, a equipe comunica a Central Estadual de Transplantes, logo assim dando seguimento ao processo, realizando o teste de apneia, segundo exame clínico e exame complementar.

Durante todo seguimento será realizado manutenção do potencial doador.

O médico plantonista, juntamente com enfermeiro, psicóloga e assistente social, deve acolher os familiares na sala da Comissão Intra Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes da Santa Casa de Misericórdia de Cachoeiro de Itapemirim (CIHDOTT/SCMCI), dando todo suporte e apoio para informar sobre o diagnóstico de morte encefálica. Após o acolhimento será realizada a entrevista familiar, perguntando aos familiares se em vida o ente querido tinha algum desejo em ser um doador ou se a família aceita a doação.

Se os familiares aceitarem a doação, será preenchido um termo de autorização e o questionário social. Em seguida o sangue será coletado e enviado ao Laboratório Central do Estado (Lacen), em Vitória, para ser realizada a tipagem sanguínea e/ou compatibilidade entre outros exames, a fim de saber a funcionalidade de todos os órgãos. Após o resultado dos exames, a Central Estadual de Transplantes detalhará toda logística para a captação que é realizada em nossa instituição.

Caso os familiares não aceitem a doação, o hospital inicia os trâmites para o protocolo de alta por motivo de óbito, conforme respaldo legal (Resolução do CFM nº 1.826/2007).