Comunique à sua família esta decisão e deixe claro o seu desejo em ser doador. Isto porque a família é que decide sobre a doação.
A legislação em vigor determina que a família será a responsável pela decisão final, não tendo mais valor a informação de doador ou não doador de órgãos, registrada no documento de identidade.
A pessoa maior de idade e capaz juridicamente pode doar órgãos aos seus familiares. No caso de doador vivo não aparentado é exigida autorização judicial prévia.
Criado para dar maior controle e organização às atividades, o transplante de órgãos/tecidos só pode ser realizado pelos estabelecimentos de saúde previamente autorizados pelo Gestor Nacional do Ministério da Saúde.
Foi instituída a Lista Única de Receptores, com vários cadastros separados por órgãos, tipos sanguíneos e outras especificações.
Estes apresentam uma ordem seguida com total rigor e controlada pela Secretaria de Saúde.
Um dos rins, parte do fígado, parte da medula e parte dos pulmões.
O médico deverá avaliar a história clínica da pessoa e as doenças prévias. A compatibilidade sanguínea é primordial em todos os casos.
Há também testes especiais para selecionar o doador que apresenta maior chance de sucesso.
Órgãos: rins, coração, pulmão, pâncreas, fígado e intestino.
Tecidos: córneas, válvulas, ossos, músculos, tendões, pele, veias e artérias.
Após a efetivação da doação a Central de Transplantes do Estado é comunicada e, através do seu registro de listas de espera, seleciona seus receptores mais compatíveis.
São pacientes assistidos em UTI com quadro de morte encefálica, ou seja, morte das células do Sistema Nervoso Central, que determina a interrupção da irrigação sanguínea ao cérebro, é incompatível com a vida, irreversível e definitivo.
Não, de modo algum. A retirada dos órgãos é uma cirurgia como qualquer outra realizada com todos os cuidados de reconstituição, o que também é obrigatório por lei.
O que é morte encefálica?
É a morte do cérebro, incluindo tronco cerebral que desempenha funções vitais como controle da respiração. Quando isso ocorre, a parada cardíaca é inevitável.
Embora ainda haja batimentos cardíacos, a pessoa com morte cerebral não pode respirar sem os aparelhos e o coração não baterá por mais de algumas poucas horas.
Por isso, a morte encefálica já caracteriza a morte do indivíduo.
Morte encefálica é o mesmo de coma?
Não, a morte encefálica é diferente do coma. No coma, as células cerebrais continuam vivas, executando suas funções; o que ocorre é uma falha de integração entre o indivíduo e tudo que o rodeia. Na morte encefálica, as células nervosas estão sendo rapidamente destruídas, o que é irreversível.
Rotinas e condutas que devem ser tomadas sobre pacientes com suspeitas de morte encefálica e potencial doador de órgãos:
Ao identificar um paciente com suspeita de morte encefálica, a equipe deve avaliar os pré-requisitos conforme a legislação e sempre informar os familiares sobre todas as etapas do processo.
Após a realização do primeiro exame clínico para o protocolo de Morte Encefálica, realizado pelo médico especialista e/ou capacitado, a equipe comunica a Central Estadual de Transplantes, logo assim dando seguimento ao processo, realizando o teste de apneia, segundo exame clínico e exame complementar.
Durante todo seguimento será realizado manutenção do potencial doador.
O médico plantonista, juntamente com enfermeiro, psicóloga e assistente social, deve acolher os familiares na sala da Comissão Intra Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes da Santa Casa de Misericórdia de Cachoeiro de Itapemirim (CIHDOTT/SCMCI), dando todo suporte e apoio para informar sobre o diagnóstico de morte encefálica. Após o acolhimento será realizada a entrevista familiar, perguntando aos familiares se em vida o ente querido tinha algum desejo em ser um doador ou se a família aceita a doação.
Se os familiares aceitarem a doação, será preenchido um termo de autorização e o questionário social. Em seguida o sangue será coletado e enviado ao Laboratório Central do Estado (Lacen), em Vitória, para ser realizada a tipagem sanguínea e/ou compatibilidade entre outros exames, a fim de saber a funcionalidade de todos os órgãos. Após o resultado dos exames, a Central Estadual de Transplantes detalhará toda logística para a captação que é realizada em nossa instituição.
Caso os familiares não aceitem a doação, o hospital inicia os trâmites para o protocolo de alta por motivo de óbito, conforme respaldo legal (Resolução do CFM nº 1.826/2007).
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